quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Resumo do dia 6 de Agosto de 2008
Seleção feminina empata com Alemanhã no primeiro jogo
União Soviética compensa boicote com supremacia e pompa
A Olimpíada de Moscou tinha tudo para ser grandiosa. Desde 1974, quando a escolha foi anunciada, a capital russa preparou-se para apresentar ao mundo uma Olimpíada para a glória do regime comunista. Mas, no ano olímpico, as diferenças políticas levaram a um boicote majoritário, que transformou e esvaziou o torneio.
A invasão das forças soviéticas ao Afeganistão em dezembro de 1979 fez o presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, anunciar um boicote aos Jogos. No total, 61 países aderiram ao apelo dos EUA. Com isso competições aguardadas como basquete, atletismo e natação, perderam o brilho.
Somente 80 países – o menor número desde 1956 – estiveram presentes (apenas 5.179 atletas, 4.064 homens e 1.115 mulheres). Outros, como Reino Unido, França, Itália, Austrália, Suécia e Holanda preservaram o espírito olímpico com ressalvas. A bandeira olímpica foi o estandarte utilizado por 16 delegações. Na cerimônia das medalhas, alguns países também optaram pela bandeira e o hino do COI.
Para compensar, os gastos ultrapassaram US$ 9 bilhões. A cerimônia de abertura no estádio Lênin teve 102 mil espectadores, pirâmides humanas e a mascote que ficou famosa, o ursinho Misha. Sem seus principais adversários, a União Soviética dominou com folga o quadro de medalhas.
Nadador símbolo do Espírito Olímpico
O nadador Eric Moussambani, da Guiné Equatorial, ganhou a afeição do público apesar do desempenho muito inferior aos demais, e tornou-se símbolo do "espírito olímpico".
Ele caiu n´água sozinho nas eliminatórias dos 100 m livre, já que os rivais de sua bateria foram desclassifcados após queimarem a largada. Moussambani demorou 1min52s72 e teve que apelar para o nado "cachorrinho", pois quase se afogou no final. O atleta tinha aprendido a nadar seis meses antes e nunca tinha competido em uma piscina olímpica, pois não havia nenhuma em Guiné.
1948 - Olimpíadas de Londres
As Olimpíadas de Londres, em 1948, foram a resposta do Movimento Olímpico para a Segunda Guerra Mundial, que foi de 1939 a 1945. Após um intervalo de 12 anos, um conflito mundial que deixou um saldo de 20 milhões de mortos e sem o Barão de Coubertin, que morreu em 1937, os Jogos Olímpicos só renasceram graças ao entusiasmo de alguns membros do COI (Comitê Olímpico Internacional).
Após a morte Coubertin, em 1937, e do seu sucessor, o belga Henri Baillet-Latour - que faleceu ao ser comunicado da morte em combate de seu filho -, o Movimento Olímpico estava fraco. Tanto que o presidente interino do COI, o sueco Sigfrid Edstroem, convocou o comitê executivo e só compareceram à reunião o norte-americano Avery Brundage e o britânico Lord Aberdale.
Com a Guerra, as edições dos Jogos marcadas para Tóquio e Londres foram canceladas. Em 1948, Tóquio ainda não tinha condições de organizar os Jogos e deixou a disputa. Londres herdou o direito de organizar os Jogos após vencer, em fevereiro de 1946, em votação pelo correio, a suíça Lausanne e quatro cidades norte-americanas: Baltimore, Los Angeles, Minneapolis e Filadélfia.
O comitê de organização foi presidido por Lord Burghley, campeão olímpico dos 400 m com barreiras em 1924, prata em 1928 e herói de guerra como aviador da Real Força Aérea britânica, a RAF.
Muitos atletas que tinham participado dos Jogos de 1936 morreram na Guerra, entre eles campeões olímpicos como o nadador húngaro Ferenc Csik (100 m livre e 4 x 200 livre) e os alemães Carl Long (salto em distância), Wilhelm Leichum (4 x 100 m), Rudolph Harbig (4 x 400 m) e Hans Woelke (arremesso de peso).
Várias nações pediram ao COI a exclusão dos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), como já havia acontecido com os perdedores da Primeira Guerra Mundial. A Itália foi a única que competiu. A ausência de um governo reconhecido foi a alegação oficial para a Alemanha não ser convidada. Os japoneses, convidados, preferiram não ir.
A União Soviética manteve sua política de isolamento, iniciada em 1917, e não participou. Novos países comunistas, como a Tchecoslováquia, resolveram participar.
Futebol feminino inicia partidas hoje
Chama Olímpica chega a Beijing
Depois do revesamento em 21 cidades do mundo, e 31 cidades da China, a chama Olímpica chega a Beijing para seguir a sua rota. Dia 8 de agosto acenderá a chama principal do Estádio Nacional. O revesamento em Beijing durará 3 dias e terá 433 revesadores, entre eles 29 estrangeiros, 2 participantes de Hong Kong e o senhor Lin Qingfa de Tapei na China.
O revesamento iniciará na parte sul da cidade proibída pela manhã, com o primeiro astronauta asiático Yang Liwei.